51 alternativas para ganhar dinheiro com alimentação – Tendências da Gastronomia no Brasil – 2a parte

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Dando continuidade à série ” Tendências da Gastronomia no Brasil”, este segundo post relaciona as formas que hoje temos para comercialização de alimentos e bebidas em nosso país.

Com crise ou sem crise, uma coisa é certa: as pessoas sempre vão precisar de alimentação. Quer seja em busca de prazer ou para satisfazer uma necessidade.

Quem não conhece uma pessoa que já pensou em abrir algo para vender produtos para comer e beber?

Alguns, mais precavidos, esperam a aposentadoria, mas um número cada vez maior tem corrido atrás do sonho bem antes, dando uma guinada na vida.

É muito importante conhecer qual o tipo de estabelecimento, definir o público, estabelecer o que deverá ser servido de alimentos e também determinar uma harmonização entre os pratos e as bebidas, para que o cardápio tenha a “cara” do negócio.

O desenvolvimento do conceito é muito importante.

Os tipos dos estabelecimentos têm evoluído de forma rápida, seguindo padrões internacionais, modismos, as oscilações econômicas e transformações sociais.

Parece que um dos fatores que hoje influenciam a estruturação dos negócios de A&B que veio para ficar foi a especialização. Seja ela da técnica empregada, do tipo de ingrediente ou da preparação.

Isso se deve em função, também, do tamanho dos empreendimentos que estão cada vez menores e com investimentos reduzidos.

A segmentação do negócio reflete em uma melhoria da qualidade final dos produtos.

Se um estabelecimento vende somente coxinhas, tem condições de oferecer um melhor produto,  a um custo mais barato, em função de fidelização com fornecedores e maior poder de compra, em razão dos esforços estarem concentrados em um único tipo de preparação.

O tamanho dos negócios significa, também, a utilização de mão de obra reduzida, mesmo que seja necessária uma qualificação específica. Tudo isso resulta em melhor desempenho e administração.

Os menus estão oferecendo um menor número de sugestões, sendo assim o controle das compras e do estoque ficam mais fáceis.

Opções caras ou que não requeiram muito investimento é que não faltam na hora de montar um negócio:

Acesse o novo post mais completo com novas opções. Agora são 80 alternativas.

http://www.espacogourmetmundodagastronomia.com/2016/11/77-alternativas-para-ganhar-dinheiro-com-alimentacao/

 

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RESTAURANTES:

Auto estrada: situa-se em grandes rodovias usualmente associado a postos de gasolina e de serviços. As comidas são simples e rápidas. Podem oferecer serviços de lanches conjuntamente. Pela praticidade e o tempo escasso dos clientes, as comidas em quilo são uma boa opção.

Cantina italiana: possui instalações simples oferecendo pratos dessa gastronomia específica.

Churrascaria: especializada em servir carnes e outros alimentos na brasa. Pode ser requintada como, também, mais simples.O serviço pode ser à la carte*, rodízio ou em quilo.

Comercial: é simples, servindo pratos rápidos e baratos. Geralmente funciona somente no horário do almoço. Pode oferecer refeições pelo sistema empratado (PF), em quilo e buffet sem balança.

Cozinha de fusão: tem uma proposta mais moderna. Mescla elementos de várias cozinhas. Uma forma muito utilizada é a mistura da cozinha ocidental com a oriental.

Especialidade: caracteriza-se por servir alimentos e/ou bebidas específicas ou por ser especialista em determinado tipo de preparação.

Gastronômico ou bistrô: pequeno estabelecimento requintado onde o diferencial é o Chef de cozinha. Os pratos podem ser oferecidos através de um menu de degustação ou do sistema table d’hôte*, podendo ser harmonizados com bebidas. Geralmente trabalha somente através do sistema de reservas.

Grill ou Parrilla: oferece carnes e demais produtos preparados na grelha ou na parrilla acompanhadas de guarnições.

Internacional: serve pratos de diversas cozinhas do mundo, preferencialmente aqueles mais tradicionais e das gastronomias que estão na moda. São estabelecimentos com maior luxo das instalações, equipamentos, utensílios e dos serviços.

Pizzaria: pode ser simples ou sofisticada oferecendo o principal produto confeccionado em forno a gás, a eletricidade ou a lenha. Pode ter também alguns pratos à base de massa.

Restaurante de empresa: situado dentro das instituições, pode ter administração da própria empresa ou terceirizado. Nos dias de hoje, somente veremos este tipo de empreendimento em locais aonde não haja um centro comercial por perto, uma vez que a maioria das empresas aderiram ao fornecimento de tickets restaurante para seus funcionários.

Temático: tem como característica explorar um tema além do cardápio para atrair clientes. A decoração é um aspecto muito explorado nesse tipo de negócio, fazendo que o cliente tenha uma experiência única, além das comidas e bebidas.

Típico: serve comida e bebida de determinada região ou país. Pode ser mais sofisticado ou mais simples. A decoração segue a mesma proposta.

BARES E SIMILARES:

Bar: estabelecimento aonde o forte é a venda de bebidas alcoólicas. Ficando as opções de comidas restritas aos tira-gostos. Pode ser simples ou sofisticado.

Boteco: semelhante ao bar, possui uma proposta mais descontraída e montagem mais simples.

Cachaçaria: oferece cachaças das mais variadas formas e sabores. Os pratos são mais rústicos e podem ser produzidos utilizando o produto principal – cachaça.

Cervejaria: parecido com a choperia, só que o produto mais focado são as cervejas, que podem ser  de fabricação própria ou não. As opções de comida são tira-gostos, sanduíches e pratos harmonizados ou confeccionados utilizando as cervejas como ingrediente.

Choperia: comercializa como destaque o chopp que pode ser de produção própria ou não. Possui um cardápio com tira-gostos, sanduíches e pratos rápidos.

Pub: ambiente com música mecânica ou ao vivo onde são servidos petiscos e alguns pratos.

Wine bar: comercializa vinhos e espumantes tendo como opções de  pratos e petiscos harmonizados com as bebidas.

blog 44OUTROS:

Ambulante: pessoa que vende alimentos e bebidas em espaços abertos, eventos e ruas. É um tipo de comércio informal. Geralmente a produção é doméstica.

Barraca: geralmente utilizada em grandes eventos ou em feiras. As opções do cardápio são limitadas em função do pouco espaço e da dificuldade para preparações mais elaboradas.

Boate: serve grande variedade de bebidas e cardápio reduzido de pratos e tira-gostos.

Buffet: especializada em preparações de eventos gastronômicos em seu próprio espaço ou de terceiros.

Café: no Brasil assemelha-se a uma lanchonete sofisticada, sendo que a atração é o café servido em diferentes formas e preparações. Serve salgados, doces, sanduíches e alguns pratos executivos.

Cantina: assemelha-se à lanchonete porém com instalação mais simples. Localiza-se dentro de escolas e empresas visando atender a um público específico.

Casa de chá: parece com as confeitarias tendo como carro-chefe o serviço de chá.

Catering: serviço de fornecimento de alimentos em grandes quantidades. Utilizado para banquetes, comissaria da aviação civil e cozinhas de coletividade.

Confeitaria: comercializa salgados, tortas e doces finos em ambiente sofisticado. Em alguns casos pode servir refeição.

Delikatessen: além de vender artigos finos de alimentos e bebidas possui seção para a comercialização de pratos prontos. Algumas possuem espaço para degustação.

Delivery: comércio de alimentos e bebidas que não oferece espaço para alimentação. Os pedidos são entregues  ou podem ser retirados no local.

Dois em um: serviço de alimentos e bebidas associados a um outro tipo de comércio, sendo executado no mesmo espaço físico. Pode ser uma lanchonete, um café ou um restaurante, sofisticado ou mais simples.

Drive Thru: tipo de comércio que o cliente não entra no estabelecimento para fazer seu pedido e retirar o produto. Tudo é feito do lado de fora. Comercializa geralmente sanduíches e acompanhamentos.

Food bike: comercialização de alimentos prontos e bebidas em bicicletas adaptadas.

Food trucK: é um  caminhão ou outro veículo automotor  adaptado para a comercialização de alimentação ou bebidas. Sempre se locomove e funciona nas ruas, em ambientes abertos ou eventos públicos e privados. O cardápio deve ser limitado e de fácil preparação devido ao pouco espaço disponível.

Franquia: tipo de negócio que já vem com uma marca estabelecida e conhecida. Pode ser de diversos tipos de comercialização de A&B. Aqui no Brasil, as lanchonetes tipo fast food internacionais são as mais usuais.

Lanchonete: especializada em lanches rápidos e bebidas sem álcool. Pode ser simples ou ter uma estrutura mais bem montada. Representa uma opção mais econômica de refeição.

Loja de congelados: comercializa pratos prontos congelados para as pessoas levarem para casa. Existem algumas que oferecem o aquecimento do prato e local para degustação do mesmo.

Loja de conveniência: localizada em conjunto com outros espaços comerciais, vende produtos de alimentos e bebidas prontos ou para serem preparados até mesmo no próprio lugar. Funcionam como uma espécie de lanchonete sendo que em determinados casos tem o horário de funcionamento prolongado – 24 horas.

Padaria: as opções estão concentradas no oferecimento de café da manhã, lanches, almoços e pratos prontos para serem levados para casa ou ingeridos no local.

Quiosque: estabelecido temporariamente ou não em áreas de grande tráfego de pessoas. As preparações devem ser práticas em função  do reduzido espaço.

Sorveteria: comercializa sorvetes, picolés e produtos derivados do sorvete. Pode trabalhar no sistema em quilo ou à la carte. Como alternativa pode ter produtos de  lanchonete.

Supermercado: são encontrados pratos prontos confeccionados pelo estabelecimento que podem ser degustados no próprio espaço ou levados para casa.

Tabacaria: local aonde são comercializados cigarros, charutos, cigarrilhas, fumos, cachimbos e produtos para tal. Podem ser servidas bebidas alcoólicas, cafés, tira-gostos e pratos rápidos.

Trailher: o espaço aonde os alimentos e bebidas são comercializados é uma estrutura sobre rodas, que pode ou não se movimentar. As preparações tendem a ser mais simples, devido ao tamanho ser reduzido. Localiza-se em áreas de grande fluxo.

Vending Machines: máquinas localizadas em espaços de grande movimento, que não dispõem de locais específicos para o serviço de alimentos e bebidas. Vendem produtos prontos e embalados além de bebidas.

Redes de relacionamentos: plataforma que de um lado tem os  anfitriões, que são pessoas que  gostam de receber  em casa e de cozinhar e de outro lado os clientes  que são cadastrados para desfrutarem de uma refeição na própria residência dos cozinheiros, comendo comida caseira e pagando preços acessíveis. Já estão funcionando as plataformas Kitchennd, Panela de Amigos e Dinner.

Coworking gastronômico: é uma nova forma de compartilhamento do espaço de produção de alimentos e bebidas. Esta tendência além de baixar os custos com a montagem do local de trabalho serve para interação dos profissionais. O aluguel do espaço pode ser diário ou semanal e existe a opção de comercialização dos produtos fabricados em uma loja anexa à cozinha. Em São Paulo, o primeiro a ser montado foi a House of Food.

Carrinho: venda de produtos alimentícios prontos ou bebidas em carrinhos de mão adaptados para a manutenção dos mesmos.

Quentinha: comercialização de comida em marmitex. As opções ofertadas são poucas e não tem lugar para degustação das preparações.

Personal Chef: serviço de confecção de pratos para pequenos eventos ou para uso doméstico onde as preparações  são feitas na casa do próprio contratante.

 As autoras Dolores Freixa e Guta Chaves em seu livro “Gastronomia no Brasil e no mundo” traçam o seguinte panorama: “estamos vivendo uma grande transição e é difícil entender de maneira plena o que está acontecendo neste momento de efervescência da gastronomia. Somos bombardeados constantemente com milhares de informações e propagandas que nos induzem a aceitar a avalanche de produtos oferecidos pela indústria alimentícia.

Diante desse marketing poderoso e intenso, é fundamental ter senso crítico para fazer escolhas conscientes, aproveitando as boas possibilidades que a globalização oferece. Mas, com tantos caminhos, qual você escolheria? Nesta história vale sua capacidade de digerir o arsenal de informações, transformar tudo em conhecimento e direcionar, assim, sua vida profissional aos valores em que você mais acredita.”

Das cinquenta e uma alternativas, qual é uma boa ideia?

Boa sorte!

* Vide significados dos termos no Glossário Técnico.

Tendências da Gastronomia no Brasil http://espacogourmetmundodagastronomia.com/2015/07/07/tendencias-da-gastronomia-no-brasil/

Glossário Técnico http://espacogourmetmundodagastronomia.com/glossario-tecnico/

 

9 comentários em “51 alternativas para ganhar dinheiro com alimentação – Tendências da Gastronomia no Brasil – 2a parte”

  1. A Gastronomia é sem duvida um mundo sem fronteiras, um mundo que dá trabalho, é muito abrangente, mas dá muito prazer e alegria, muda muito rápido de acordo com a realidade do homem, mas é esta versatilidade que tem a Gastronomia sempre se adaptando, surgindo novas formas, inovando, com o objetivo do lucro e o de servir, e servir bem a qualquer hora em qualquer lugar.

  2. Rodrigo de Oliveira

    Olá Denise
    Tenho uma lancheria a 5 anos
    E vende muito bem e tal.
    Só que támos sofrendo de um impasse. Não aguentamos mais bêbado e pessoas que encomodando depois de beber.
    Eu perderia uns 15% meu faturamento se não vendé se bebida de álcool. Mais seria bem mais feliz e trabalharia mais 5 anos pelo menos tranquilo. Que vc me diz de uma lancheria assim?
    Conhece alguma
    .
    ?

    1. Denise Alves Pereira

      Olá Rodrigo. Me desculpe a demora pois estava envolvida em outros projetos. O que vale é ser feliz! Até porque lancheria não tem necessidade de vender bebidas alcoolicas. Sucesso!

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