Tudo acaba com cachaça

 Cachaça

O Dia da Cachaça é tradicionalmente comemorado no dia 13 de setembro, que marca a revolta dos proprietários de alambiques e canaviais contra a dominação portuguesa no Brasil Colonial, conhecida historicamente como a Revolta da Cachaça.

Os portugueses passaram a destilar aguardente no Brasil, em função da abundância da cana de açúcar.

O nome cachaça veio da Espanha, onde cachaza significava um vinho inferior, obtido com as borras da primeira fermentação. No Brasil significava aguardente do mel ou borras do melaço.

O site Mapa da Cachaça descreve o motivo da Revolta da Cachaça devido ao fato  que “no período colonial, a produção de cachaça era uma importante atividade econômica no Brasil, levando a redução do consumo da bagaceira importada de Portugal. Com o sucesso da aguardente brasileira, os portugueses, através de uma Carta Real de 13 de setembro de 1649, proibiram a fabricação e a venda da cachaça em todo o território nacional.

Indignados com as constantes cobranças de impostos aos longo dos anos e perseguidos por vender a bebida, os produtores de cachaça e proprietários dos engenhos se revoltaram no dia 13 de setembro de 1660 e tomam o poder no Rio de Janeiro por cinco meses resultando em um dos primeiros movimentos de insurreição nacional.”

Na primeira metade do séc. XVIII, era destinada ao brasileiro pobre, mas muito apreciada pelos estrangeiros que aqui visitavam.

A bebida também serviu para os intelectuais envolvidos na Inconfidência Mineira protestarem contra Portugal. Conta-se que Tiradentes antes de morrer disse “molhem a minha goela com cachaça da terra”.

A cachaça sempre foi símbolo do nacionalismo brasileiro. Na Revolução Pernambucana, boicote aos produtos vindos de Portugal, foi escolhida para representar o antilusitanismo.

No século XIX, a fabricação passou a ser intensa, em função da enorme procura por ela e pela rapadura. Por isso, pequenos canaviais plantavam cana de açúcar e tinham as “engenhocas” e demais equipamentos para fabricação destes produtos.

Até início do século XX, a cachaça era desprezada pela elite brasileira. Somente com o Movimento Modernista é que ela passou a ser valorizada por esta classe, culminando também como símbolo da Semana de Arte Moderna, em 1922.

Hoje, tem status, reconhecimento internacional e  denominação de origem reconhecida por vários países.

Boa ideia: que ela continue a  servir de inspiração para novas batalhas, seguindo o curso da história do povo  brasileiro contra a opressão.

Saúde!

http://www.mapadacachaca.com.br

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