As festas de final de ano estão aí. E com elas a dúvida de como organizar eventos gastronômicos de sucesso.
Existem alguns aspectos que devem ser observados para que a confraternização seja planejada de forma a transcorrer tranquilamente em todas as etapas: no pré-evento; no evento e no pós-evento.
Mas, o que significa isso?
Planejando todos os detalhes antes do acontecimento, os trabalhos para preparação transcorrem de forma tranquila e organizada; durante o evento todos podem aproveitar, inclusive o anfitrião e o encerramento da festividade não terá surpresas ou inconvenientes.
Perguntas mágicas
O ideal é começar respondendo a 7 perguntas que serão a base de seu planejamento.
- Para quê? Pensando nisso pode-se identificar a finalidade do evento – confraternização ou comemoração; se é com fins comerciais ou sociais e qual o conceito terá a festa: mais formal ou mais informal.
- Para quem? Geralmente, nos finais de ano é mais comum ocorrerem confraternizações entre amigos, entre família e entre os funcionários de empresas.
- Quando? A decisão de data, horário e duração do evento deve ser quanto antes, para que tão logo estejam definidos, os convidados sejam comunicados com devida antecedência.
- Onde? Nesse momento, o local de realização do encontro sinalizará os recursos disponíveis. Tem mesas e cadeiras? Tem utensílios para confecção das preparações? Tem equipamentos – fogão, geladeira, freezer, etc?
- Quanto? Talvez, esse seja o mais complexo dos questionamentos a ser respondidos. Mas, é extremamente importante ter conhecimento da verba disponível para realização do evento. Se não, é como “mergulhar de cabeça em algo que não se conhece”.
- O quê? Os encontros de final de ano são regados a boa comida e bebida. Mas, nesse universo temos diversos tipos de eventos gastronômicos que podem ser feitos – brunch; chá ou lanche da tarde; piquenique; happy hour; coquetel; almoço; jantar ou ceia. Tudo vai depender das respostas anteriores.
- Como? É hora de decidir se o buffet será contratado ou não; quais serão as atividades a serem realizadas, quando e por quem – cronograma.
Mão na massa
Se for definido que será uma confraternização informal entre familiares, dia tal, às tantas horas e com duração de X horas, no apartamento de um dos membros da família, que possui uma área gourmet toda equipada e que cada participante vai contribuir com X reais, já pode ser determinado o tipo de evento e os passos a serem dados.
Nesse caso, vamos supor que, foi escolhido a realização de um almoço, no dia 25 de dezembro, de 13 horas às 17 horas.
Já se sabe:
- Data:
- Hora:
- Local:
- Duração:
- Lista de convidados – que indicará o número de participantes.
Se houver tempo, é bom que se faça um comunicado para os convidados salvarem a data – ou seja, não marcarem nenhum compromisso para o dia e horário, principalmente que em dezembro as agendas pessoais ficam cheias de afazeres.
Se a festa for por adesão – quando cada convidado colabora com uma quantia em dinheiro – é interessante que o valor cobrado seja condizente com a situação financeira dos participantes e o prazo para transferência do dinheiro também deve ser estabelecido e todos os convidados devem respeitar.
A solicitação de confirmação da presença é essencial. É impossível organizar um evento gastronômico sem a exatidão do número de convidados.
Somente assim as quantidades – principalmente de alimentos e bebidas, mobiliário, utensílios de mesa e pessoal de apoio – podem ser determinadas e o custo estabelecido.
Já se sabe:
- Os recursos financeiros disponíveis. Dessa forma, fica possível a decisão por uma refeição simples ou sofisticada.
Receita de sucesso
Já se sabe:
- Tipo de refeição: no exemplo ficou determinado ser um almoço.
Para “aquecer” a chegada dos convidados é um bom preparar tira-gostos para ficarem espalhados pelo ambiente ou um buffet de antepastos.
As sugestões são: canapés; bruschettas; pães variados; grissinis; pastas; tábua de frios – embutidos e queijos; os famosos amendoins coloridos; castanhas; frutas natalinas – damasco, figo, lichia, pêssego, uvas, cereja, romã e ameixa; frutas secas; espetinhos frios – elaborados com legumes, queijos, frios, conservas e ovo de codorna; espetinhos quentes de carnes com molhos variados e bolinhos.
As quantidades devem ser pequenas para não atrapalhar a refeição principal.
Aspectos a serem considerados:
Os pratos de um almoço são leves, principalmente quando as temperaturas estiverem elevadas.
Começar com saladas e pratos frios pode ser muito adequado.
Se a ideia é fazer um almoço típico natalino, para a entrada os pratos podem ser escolhidos entre: salpicão – pode substituir o frango por peito de peru ou atum desfiado; salada de bacalhau; salada de folhas, legumes e frutas – diferentes das que foram servidas como tira-gosto, se for o caso, mais um frango defumado desfiado e molho. Muitas famílias servem a maionese tradicional, adicionada com as “contestadas” passas ou simplesmente uma salada de batatas.
Regra:
Não repetir ingredientes na confecção dos pratos.
Por exemplo: se foi usado cenoura na confecção de algum tira-gosto, não deve-se usar esse ingrediente em nenhuma outra preparação da refeição.
Cuidado:
Nem todas as pessoas gostam de misturar o sabor adocicado – geralmente de frutas frescas e ou secas, com o salgado. Por isso, restrinja a um único prato essa combinação ou ofereça opções.
Para o(s) prato(s) principal(ais) a decisão deve ser por preparações que tenham ingredientes típicos natalinos:
Opções de tipos de carne: peru, chester, tender, cordeiro, bacalhau, pernil ou lombo de porco, leitoa e filet mignon.
Dica:
Se possível, ofereça duas variedades de carne e pense em um prato vegano ou vegetariano.
Opções de arroz para acompanhamento: arroz branco; arroz composto – com passas; com castanhas; com legumes – brócolis, à grega, com seleta, com lentilha e de forno.
Outras iguarias: farofa – de ovos, de linguiça, de cebola, de panko com frutas secas e castanhas, de maçã e passas, de banana; molhos que posem ser elaborados com a própria borra do assado da carne; com geleia ou a própria polpa das frutas – ameixa, abacaxi, maracujá, laranja e os consagrados mostrada e mel, hortelã e a base de queijos como o gorgonzola.
Dica:
Se servir um arroz composto, o ideal é que seja oferecida a opção de arroz branco.
Para a sobremesa a escolha pode ser por pudins; mousses; pavês; sorvetes com calda e farofa de castanhas; preparações que tenham panetone como ingrediente; tortas a base de frutas – banana, maçã, morangos ou de chocolate; petit gateau e até mesmo docinhos como brigadeiro, cajuzinho, olho de sogra, morangos glaçados e as famosas rabanadas.
Nada impede que também possam ser oferecidas compotas de frutas.
Dica:
Caso seja possível, ofereça dois tipos de sobremesa – uma elaborada com chocolate e outra com fruta.
Já se sabe:
- O menu de comida e agora é decidir sobre as bebidas.
Harmonização entre comidas e bebidas
Um dos grandes desafios é combinar os sabores das preparações com os sabores das bebidas.
Quando uma bebida é associada a uma comida podemos ter a formação de novos sabores, ou cada uma pode potencializar ou destruir o paladar da outra.
Por isso, cuidado!
É importante atentar para as preferências dos convidados, especialmente por o evento em questão ser familiar.
Água – com e sem gás – deverá ser disponibilizada durante todo o tempo.
Sucos, refrigerantes e drinques sem álcool são para as crianças e abstêmios.
Cerveja é uma bebida muito consumida no país. Pode ser uma alternativa, dependendo do conceito do evento.
O espumante pode ser servido do princípio ao fim da refeição, uma vez que harmoniza muito bem com diversas preparações, inclusive com a sobremesa.
Se a escolha recair sobre os vinhos, deve ser considerado a adequação dos mesmos com as comidas.
De maneira geral: vinhos brancos combinam com pratos leves e os tintos com pratos e molhos mais estruturados. O rose é uma alternativa intermediária. Pode ir bem com ambos os pratos.
Não se esqueça de disponibilizar café e petits-fours – biscoitinhos ao final da refeição.
Dica:
Os drinques estão em moda. Mas, pela diversidade de ingredientes, pode dificultar ainda mais a harmonização.
Passos:
- Estabeleça como a comida será servida – se na mesa de refeição, se em buffet ou será empratada na cozinha.
- Pesquise as receitas ou fichas técnicas observando a limpeza dos ingredientes, os corte, métodos de cocção, tempo e temperatura dos preparos.
- Liste todos os ingredientes com as respectivas quantidades.
- Atente para o modo de preparo dos pratos e estabeleça um fluxo de produção.
- Liste os equipamentos necessários.
- Liste os utensílios de cozinha que serão utilizados.
- Pense na montagem/decoração dos pratos.
- Determine a mão de obra para confeccionar as preparações.
- Certifique se o valor arrecadado cobre os gastos.
- Faça ajustes, se necessário.
Preparação da Mesa
Nas festas de fim de ano, a casa ganha novos ares com uma decoração específica para a data.
À mesa não pode ser diferente.
Preste atenção na disposição dos talheres para não ocorrer erros como o da foto.
Dica:
As trocas de presentes devem ocorrer antes da refeição.
Boas festas!
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- preparo do alimento;
- montagem de pratos;
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Denise Alves Pereira é graduada em Turismo e em Comunicação Social com especializações em Administração de Marketing, Marketing e Mídias Sociais, Administração de Alimentos e Bebidas e MBA em Coaching – Life, Business and Executive. É sommelière e formada em Wine Business.
Sua relação com a gastronomia começou a partir dos anos 80, sendo que a entrada definitiva para o setor gastronômico e para a docência ocorreu com a realização do curso de Cozinheiro Comercial, em 2001. Daí em diante, passou a ministrar disciplinas relacionadas à Gestão de Alimentos e Bebidas, Cozinha, Organização de Eventos e Planejamento de Cardápios, em diversas instituições de ensino, em cursos de capacitação, graduação e pós-graduação.
É editora do site espacogourmetmundodagastronomia.com, no qual compartilha seus conhecimentos no campo gastronômico e de vinhos.
Consultora para negócios e carreiras nas áreas de alimentação e vinhos, englobando enogastronomia e enoturismo.
Atua como palestrante, em função de sua vasta experiência como empreendedora, professora e pesquisadora.
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