Quem não gosta de carinho?
Quem não gosta de comer bem?
Quem não gosta de comer uma comida feita com carinho?
Quem não gosta de uma comida que traga nostalgia e que toque o coração?
A cena do clássico filme “Tomates verdes fritos” – 1991, com Jessica Tandy, traz a magia da comida: ‘ Oh, daria tudo por um prato de tomates verdes fritos como aqueles que costumávamos comer lá no café.”
O ser humano é privilegiado em poder transformar os ingredientes, quer seja através de combinações ou simplesmente personalizar a forma de apresentação. Só ele pode fazer isso.
E por muitas vezes, por trás do ato de cozinhar vamos encontrar o ato de amar.
Em tempos de carência afetiva, isolamento social e falta de contato físico – como somos mestres nisso: aperto de mão, abraço, beijinhos, colo, tapinhas nas costas e por aí vai, podemos manifestar nossos sentimentos através do simples “arroz com feijão”.
A comida confortável é aquela que vai nos trazer boas lembranças. Lembranças que aquecem o coração, que podem ser da infância ou mesmo de algum período ou episódio um pouco mais recente. Tanto pode ser doce ou salgada, quente ou fria e até mesmo despretensiosamente simples. Vai nos fazer suspirar.
O ato de comer ultrapassa a necessidade fisiológica para tornar-se uma fonte de inspiração para emoções. Emoções que muitas vezes servirão de acalento para alma.
A comfort food traz aquele gostinho único que só eu sei de quê. Um quê só meu e de mais ninguém.
Você já pensou que os sabores provocam pensamentos e por muitas vezes pensamentos de aconchego? Lembranças de coisas comuns que hoje são distantes.
A comida pode também funcionar como um túnel do tempo. Trazendo de volta o lado “doce” da vida.