Winewashing – A situação análoga à escravidão dos trabalhadores da vindima no sul do país – O conto da carochinha

A hipocrisia no caso da vindima no sul do país


As organizações de todos os portes estão cientes que para sobreviver e se destacar em um mercado competitivo como o atual é necessário amparar seus discursos em temas relevantes para a sociedade. 

Muito do que se espera das instituições está relacionado aos indivíduos. Seja no que se refere à coletividade ou individualidade.

E os deveres estão ampliados aos fornecedores, prestadores de serviços e demais públicos relacionados ao negócio. Prevalece o ditado “me diga com quem andas e direis quem és”.

O nariz de Pinóquio

Parafraseando a estória do Pinóquio, as empresas ao nascerem recebem da fada azul um toque da varinha mágica para terem vida, mas com o dever de serem sempre boas e verdadeiras. Algumas, através da definição clara dos seus valores, ampliam sua missão impactando a sociedade com ações positivas. As “malévolas” mascaram suas operações atrás de uma fachada de boazinhas.

Em meados de 1960, quando o movimento ambientalista ganhou força, foi criado termo “greenwashing” que caracteriza a divulgação de informações não precisas, ou sem fundamento, sobre práticas ambientais de uma organização ou um produto.

Em pleno século XXI, fomos acordados para a situação de trabalhadores na vindima – colheita da uva – sob regime análogo à escravidão no sul do país.

Algumas empresas do setor utilizam do que passamos a chamar de “winewashing”. Falam uma coisa e fazem outra.

Bem debaixo dos seus narizes pessoas vivendo horrores e nada foi percebido. Talvez o tamanho do nariz tenha atrapalhado a visão.

O discurso é: fizemos a nossa parte, pagamos. 

Uma indústria que de certa forma é envolta pelo “glamour” está marcada de forma irreparável pelo descaso no tratamento humano.

Até quando o luxo será “sustentado” pelos menos favorecidos?

Até quando os menos favorecidos não terão voz?

Estou sentindo um cheiro de podridão no ar.


Não pode ser até quando Deus quiser. Nós temos que mudar essa história.

Tem muita gente com “o rabo entre as pernas”.

Que a justiça condene os culpados e que a sociedade defina suas preferências ao consumir.

Denise Alves Pereira é graduada em Turismo e em Comunicação Social com especializações em Marketing e Administração de Alimentos e Bebidas e MBA em Coaching. É sommelière e formada em Wine Business.
De 2002 em diante, passou a ministrar disciplinas relacionadas à Gestão de Alimentos e Bebidas, Cozinha, Organização de Eventos e Planejamento de Cardápios, em diversas instituições de ensino, em cursos de capacitação, graduação e pós-graduação.
É editora do site gastronomiaarteediversao.com.br no qual compartilha seus conhecimentos no campo gastronômico, vinhos, turismo, gestão e comportamento e gestora da página @vinhosdeminasgerais.
Consultora para negócios de alimentação e vinhos, englobando enogastronomia e enoturismo. Atua como palestrante, em função de sua vasta experiência como empreendedora, docente e pesquisadora.

Escritora do livro:

O livro Gastronomia: arte e diversão serve como orientação para diversificar a alimentação já que trata sobre técnicas modernas para elaboração de cardápios, abordando as etapas para organização de uma refeição de sucesso.

É dedicado tanto para amadores quanto para profissionais, trazendo dicas importantes para aqueles que buscam oferecer e obter prazer e diversão por meio da arte da gastronomia.

Nele você vai encontrar:

 Utilização de mais de 1.300 ingredientes e produtos.

 Harmonização de pratos e bebidas e dos métodos de servi-los.

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São 12 capítulos que tratam sobre as influências na definição de cardápios; planejamento de encontros gastronômicos; arte de escolher o que servir nas refeições; técnicas para servir alimentos e bebidas; ingredientes e produtos; preparo do alimento; montagem de pratos; determinação do nome dos pratos; ficha técnica; design de cardápios; cardápios, produção e comercialização de alimentos e bebidas e organização de cardápios x aceitação x rentabilidade. Um livro que deve ser sempre consultado por aqueles que querem servir e receber bem.

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